domingo, 18 de março de 2012

A Nova Revolução (II)

"O homem vive da natureza, isto significa que a natureza é o seu corpo com o qual ele deve permanecer em processo constante, para não perecer. O fato de que a vida física e espiritual do homem se relaciona com a natureza não tem outro sentido senão o de que a natureza se relaciona consigo mesma, pois o homem é parte da natureza." K. Marx


Recordando-me das propostas de Reclus e da minha própria interpretação (e distorção), considerei uma nova abordagem e perspectiva frente às atuais condições de vida: política, econômica e sócio-ambiental mundiais.

SE,

O capitalismo já é e se tornou insustentável (ñ vejo termo mais apropriado); delimitou e/ou acabou com os recursos terrestres e além, claro, da prórpia força de trabalho (nós: homens!), ele também acabou por se condenar a extinção.
Porém, o socialismo (enquanto "caminho" para um comunismo), apesar de superior, não apresentou em sua gênese (Marx e discípulos) opções/soluções para a recuperação ou, não mais exploração dos recursos naturais, apesar de reconhecer a importância de tê-los.
ALÉM do socialismo, e mesmo antes dele e/ou de qualquer "novo" sistema político-econômico, faz-se necessário que o homem se reconheça enquanto origem divina (e se muito cético enquanto a isso), enquanto origem universal. E que, assim se reconhecendo e aceitando, passe a preservar e alimentar seus valores de compaixão e paz: consigo, com o próximo e, essencialmente, com o meio do qual é fruto.
ANTES de qualquer regime e revolução é NECESSÁRIA essa CONSCIENTIZAÇÃO pois, sem ela, qualquer um deles será de poder. E o poder não leva a nada a não ser à própria violência, seja ela direta ou indiretamente aplicada/direcionada.
E aponto mais. Cristo/Jesus na sua essência mostrou-nos um caminho revolucionário, ou não? Mas, diferente de muitos revolucionários - não limito o termo somente à visão política, mas a amplio também à cultural-, ele não obrigou ninguém a seguí-lo (apesar de muitas religiões ditas cristãs se utilizarem dele para a submissão e exploração alheia). E (uma ressalva minha): não confunda cristianismo com Vaticano (historicamente falando).

Assim, mais uma vez digo: a mudança, a (r)evolução, só se faz verdadeira e consciente quando partida de DENTRO PARA FORA. Imposição não leva a nada a não ser revolta, descontentamento ou menosprezo. Mas, a apresentação de novas ou outras opções de vida e justiça é sadia, e a escolha pessoal de cada um de nós é a realidade.

Essa é uma opinião (momentânea ou não) minha. Somente exponho o que se passa pela cabeça, sem querer retorno positivo ou negativo de ninguém.
Assim é a liberdade do pensamento!

Amanda.

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