quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Dois mil e onze...

E há tempos... ... ...
"Compositor de destinos... Tempo, tempo, tempo, tempo" ...sempre manipulando e direcionando. O tempo mudou? Mudou-se? Ñ, foi mudado. O tempo que o homem faz, constrói e, assim, SE destrói.
Mas que tempo?!!


ANO NOVO

Meia-noite. Fim
de um ano, início
de outro. Olho o céu:
nenhum indício.

Olho o céu:
o abismo vence o
olhar. O mesmo
espantoso silêncio
da Via-Láctea feito
um ectoplasma
sobre a minha cabeça
nada ali indica
que um ano novo começa.

E não começa
nem no céu nem no chão
do planeta:
começa no coração.

Começa como a esperança
de vida melhor
que entre os astros
não se escuta
nem se vê
nem pode haver:
que isso é coisa de homem
esse bicho
estelar
que sonha
(e luta).
Ferreira Gullar
Do livro: Barulhos, José Olympio, 1987, RJ
Que 2011 traga-nos bons, calmos, amorosos, pacíficos e equilibrados
tempos.
Amanda.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Brotando a Semente

"Os anos passam sem parar
E não vemos uma solução
Só vemos promessas de um futuro que não
passa de ilusão
E a esperança do povo vem da humildade de
seus corações,[...]

Foto: Sem Terrinhas

[...] Deixa o menino jogar o iaiá
Deixa o menino aprender o iaiá

Que a saúde do povo daqui
É o medo dos homens de lá
A consciência do povo daqui
É o medo dos homens de lá
A sabedoria do povo daqui
É o medo dos homens de lá"


"Deixa o Menino Jogar"
Natiruts



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Operação Condor


Em meio ao Ciclo de Debates sobre o Movimento Estudantil, que está sendo realizado em Sorocaba pelas universidades UFSCar, Unesp e Uniso, em homenagem ao estudante Alexandre Vannucchi Leme (uma das muitas vítimas da Ditadura), venho trazer o nome do documentário que me recordei de ter visto, o "CONDOR", do diretor Roberto Mader (2007), que expõe as conexões que haviam entre as ditaduras do cone Sul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia) na década de 1970, sob os interesses dessa Operação, apoiada (claro) pelos Estados Unidos. [...]"Condor foi o nome dado à cooperação entre os governos militares sul-americanos que resultou no sequestro e assassinato de milhares de pessoas e no exílio de tantas outras".

"As ditaduras fomentam a opressão, as ditaduras fomentam o servilismo, as ditaduras fomentam a crueldade; mas o mais abominável é que elas fomentam a idiotia."
Jorge Luis Borges


Fica a dica!
Amanda.

domingo, 26 de setembro de 2010

Psicanálise Geográfica

Assisti este vídeo pela primeira vez em 2007. Mas as visões, reflexões, observações ...ões... sempre se readaptaram a uma nova realidade (relativa).

"Dance, monkeys, dance" - Ernest Cline

Amanda.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Um Fato Político, Econômico e Social

Sujeitar os animais a situações incrivelmente horrorosas usando como justificativas fatores “biológicos”, “evolutivos”, e “nutricionais” é tão válido cientificamente quanto os argumentos que justificaram por séculos (e ainda persistem em alguns lugares) a escravidão dos negros, a perseguição aos judeus, a descriminação das mulheres, a proibição religiosa da doação de órgãos, medula, transfusão de sangue, métodos contraceptivos, etc...

Comer carne é cultural. Dá ao ser humano, que antes era limitado ao branco, europeu, rico (tudo no masculino), a sensação de controlar as outras espécies que compartilham a vida neste planeta. A mesma sensação que sustenta os fanatismos religiosos, a opressão de regimes absolutistas e surtos de histeria coletiva que acabam em manchetes sangrentas e escandalosas no nosso dia-a-dia de banalização moral.

O corpo humano foi desenvolvido para alimentar-se de praticamente tudo que existe no planeta. Isso é adaptação. Significa que se um ser humano precisar matar e alimentar-se de outro para sobreviver, será possível. Possível, não necessário. Em certas culturas isso é cotidiano. Tem sentido próprio e reconhece que a fisiologia humana é muito mais adaptada a dietas vegetarianas (faça a comparação entre as mandíbulas, intestinos, PH estomacal, mãos, faro, glândulas digestoras e hábitos sociais de um leão e de um cavalo).

Comer carne não se limita a comer carne. Seria como concordar com as profecias bíblicas que condenam 90% dos costumes ocidentais e sair por aí matando em nome de Deus, dizendo que não se trata de assassinato, mas de “fé”.

Aliás, deixar de comer carne também é cultural. Em grande parte dos lugares onde não existe o hábito de alimentar-se de animais mortos (ou vivos), existe um surpreendente teor de consciência ecológica e respeito à vida. Em outros lugares, como é o caso do Brasil (o maior exportador de carne de todo o mundo), vai ser difícil alcançar esse nível, mas ele não é necessário, porque a outra parte de não comer carne trata-se mais de inteligência do que de cultura.

Enquanto ficamos por aí debatendo sobre a reforma agrária, as invasões do MST, o latifundiarismo, a miséria, a fome, a subnutrição, a devastação das florestas, as queimadas, a concentração de renda, a capitalização internacional de riquezas e o descaso com o meio ambiente, esquecemos de que o consumo de carne está por trás disso

A população bovina no Brasil (cerca de 200mi) é maior que a população humana (cerca de 190mi), isso sem contar as aves, suínos e caprinos “cultivados” para corte. Os cereais usados para alimentar este rebanho colossal seria mais do que suficiente para alimentar a população humana da América Latina. Os pastos usados tanto na criação de gado de corte quanto no cultivo agrícola para alimentá-los seriam mais do que o necessário para garantir que todo brasileiro tivesse um pedaço considerável de terra para morar – ou continuariam a exercer seu vital papel no equilíbrio ambiental do planeta como florestas tropicais.

Da água doce que se encontra disponível para uso do ser humano no planeta (menos de 0,03% da água superficial da Terra), 80% é usada para fins agrícolas. Escovar os dentes com a torneira aberta não é nada, nada mesmo, comparado a comer carne.

Comer carne é cultural. E reflete a cultura de um povo que pensa a curto prazo, usando indiscriminadamente recursos naturais, condenando o futuro e falsificando consciência sustentável, revelando-se completamente egoísta, alheio às necessidades das pessoas ao redor.

A violência é cultural. Animais que se alimentam de carne são violentos, territorialistas, hostis ao convívio próximo de outras espécies. Ou dominam ou são dominados. A sobrevivência dos animais carnívoros depende disso. A sobrevivência do ser humano não!

Como esperar que um povo compreenda o absurdo de condenar milhões de vidas inocentes à dor e sofrimento? É cultural. Soa cármico. Em algum lugar deve estar escrito, sob assinatura de forças divinas, que quem não tem dinheiro (e isso inclui animais humanos e não-humanos) nasceu fadado e condenado à gula mercenária desse estranho animal que mata e deixa morrer por prazer.

Luis Felipe Valle
Abril de 2010


"Comer Carne é Cultural", autoria de Luiz Felipe Valle.

www.institutoninarosa.org.br


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Ecologia Humana


"Existem sementes boas e más e elas são invisíveis, dormem no segredo da terra até que uma cisme de despertar. Quando a gente acaba a toilette da manhã começa a fazer com cuidado a toilette do planeta. É preciso que a gente se conforme em arrancar regularmente os baobás. É um trabalho sem graça mas de fácil execução."
Antoine de Saint Exupéry - O Pequeno Príncipe


No planeta o desequilíbrio ecológico gera catástrofes naturais (quatro elementos: inundações, vulcões, furacões, terremotos). Da mesma forma, por vezes, nos encontramos em desarmonia interiormente, gerando problemas de ordem física e emocional. Devemos estar sempre atentos às causas de todo tipo de conflito, representadas pelas árvores de BAOBÁS, para que não dominem o ambiente (nosso corpo). Cuidemos então, com o que cultivamos internamente, eliminando cada BAOBÁ que encontramos e fazendo, assim, "a toilette do planeta".

*Presenteada mensagem do evento "Yoga é Luz 2009"




quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Intenções















A grande borboleta

Leve numa asa a lua
E o sol na outra

E entre as duas a seta

A grande borboleta
Seja completa-
Mente solta

A Grande Borboleta - Caetano Veloso


Da letra à música, e desta, uma caracterização ao blog.

O que se passa na mente, na minha mente e que compartilho com outras muito bem vindas.

A metamorfose não está completa. Todos buscamos as nossas asas.


Amanda.